segunda-feira, 29 de abril de 2013

Intertextualidade nos livros: Homero, Virgílio, Camões e Camilo Castelo Branco

      No decorrer dos séculos vários escritores começaram a citar e parafrasear outros escritores na constituição de suas obras e de seus textos. As vozes textuais foram surgindo. Na "Eneida", o autor Virgílio lança mão da intertextualidade para construir seu texto épico, citando o autor grego Homero nos primeiros dois versos de sua epopeia. No verso "armas canto e o varão que lá de Tróia...", Virgílio referencia a obra a Ilíada no período "armas canto" (obra que relata o heroi, o grande guerreiro Aquiles na guerra de Tróia), e na segunda parte do verso "e o varão que lá de Tróia...", ele referencia a obra homérica "A Odisséia" (que relata a volta do mentor do cavalo de Tróia, Ulisses, conhecido também como Odisseu, utilizado como presente dos gregos aos troianos para por fim a guerra, mas como armadilha para derrotá-los) .
      Tempos depois o autor português Luís Vaz de Camões ao compor seu épico lusitano "Os Lusíadas" faz referência a obra Eneida, e posteriormente, em "Amor de Salvação", outro escritor português, Camilo Castelo Branco, que faz referência à obra "Os Lusíadas", de Camões, o que mostra que a circulação dos textos está intimamente relacionada à produção dos textos no tempo e no espaço de sua criação, e claro, para atender também o objetivo do autor naquele período histórico específico.